Revista Glamour – Como o inconsciente influencia a sua, a minha, as nossas vidas



Data: 13 de enero de 2014   |   Categories: Imprensa



Em 13/01/2014, a psicoterapeuta e hipnóloga Myriam Durante participou da edição da revista Glamour, da editora Globo, com o artigo “Como o inconsciente influencia a sua, a minha, as nossas vidas”. Confira!

Como o inconsciente influencia a sua, a minha, as nossas vidas

Segura esta: há uma justificativa cientifica por trás de muitas coisas aparentemente sem nexo – de comportamentos recorrentes, como sempre se apaixonar por um cara-problema, a angústias que brotam de repente, do nada, no peito. Bruna Fioreti investiga o que Freud explica – e também o que ele não conseguiu explicar…


Selecionar as palavras para esta sentença = 3 minutos. Estudar a rua antes de atravessá-la = 7 minutos. Raciocinar antes de decidir se aquele cara é ou não atraente = 25 minutos. É minha amiga, nossa vida seria assim, uma eterna perda de tempo com os mínimos detalhes, não fosse a mente subliminar, ou subconsciente, que nos permite processar e agir rapidamente em todas as situações acima. Sim Sigmund Freud estava certo ao dar importância para essa área do cérebro (na visão dele uma espécie de disco rígido que retém de memórias banais a desejos inconfessáveis – principalmente esses últimos, diga-se).


Mas tem coisas que nem Freud explicou. Uma delas: a conexão direta das emoções com a dor física. Outra: a capacidade de “enxergar” mesmo estando cego. É ai que mora o ineditismo do best-seller Subliminar: Como o Inconsciente Influencia Nossas Vidas, do físico e roteirista Leonard Mlodinow. Nesse estudo, o autor explica o que se passa na nossa cabeça quando NÃO estamos conscientes e deixa claro esse conteúdo subliminar (o mesmo que nos poupa de recalcular o caminho de casa todo dia) também nos leva a cometer erros dia após dia. Alguns deles você conhece muito bem, olha aí…


Sofrer da síndrome do dedo podre (ou sempre ficar com o homem errado)

Primeira explicação do livro: você não escolhe conscientemente por quem se sente atraída. A atração ou a repulsa são baseadas em fatores intangíveis – ou seja, não é só o bíceps do guapo que conta, mas o nariz torto que lembra seu bisavô e até o jeito de ele coçar a cabeça, igualzinho aquele seu tio tão querido. Você não se toca disso na hora (e provavelmente nunca se tocará), mas esses microdetalhes foram processados pela mente subconsciente e chegaram a sua consciência como “aquele ali super faz meu tipo!” O problema é que “fazer seu tipo” pode significar ser um belo de um traste.


Uma segunda explicação é dada por Myriam Durante, psicoterapeuta holística e hipnóloga paulistana, para quem está sempre a fim dos bad boys tem a ver com a lógica geral dos comportamentos repetitivos – querer reviver experiências ruins para processá-las, mentalmente falando. “Digamos que você tenha uma mãe alcoólatra e que tenha crescido entre brigas”, descreve Myriam. “Isso fica gravado e, quando você cresce, ou desenvolve aversão ao álcool ou procura um parceiro que beba. É um processo inconsciente de tentar reviver situações para resolver as questões que não sabia como lidar na infância. Mudam os nomes, mas a história se repete. Sua zona de conforto está ali, você procura aquilo.” Para romper tal padrão – ou qualquer outro comportamento recorrente -, é preciso admitir a repetição e se recusar conscientemente a reviver o passado. Dá-lle terapia!


Más decisões em série? Faça um detox mental

  1. DESCONECTE-SE! Ser tão multitarefas esgota o cérebro! Desgrude do celular, principalmente meia hora antes de ir par a cama.
  2. RELAXE PARA DORMIR: Acesse seu subconsciente assistindo vídeos como Aprenda a relaxar (tem no YouTube) toda santa noite.
  3. EXERCITE DIZER NÃO: Tente cumprir essa “meta” uma vez por dia. A ideia é sair do piloto automático e deixar de ceder sem pensar.
  4. CONSIDERE A INTUIÇÃO: Anote seus pressentimentos para se lembrar de leva-los em conta conscientemente na hora de tomar decisões.

Viver às voltas com dores e sensações estranhas

Sabe aquele dia que você acorda com aperto no peito ou se pega no meio do expediente com uma baita ansiedade que parece ter brotado do nada? Esse “do nada” não existe. “Ansiedade e sentimentos ruins nada mais são do que acúmulo de mágoas, de sapos engolidos durante o dia, o mês, a vida”, explica a expert Myriam Durante. Se você dormiu mal, pior ainda, porque não teve como processar os acontecimentos do dia, e eles vão parar no limbo dos bad feelings. Daí para somatizar o lixo emocional em dor no peito, gastrite ou enxaqueca são dois pulinhos. Agregue a isso um fator científico descrito em Subliminar: a mesma área do cérebro é responsável por processar tanto a dor física quanto a dor social. A dor é uma só, o detox da mente é tão necessário quanto a do corpo – tanto que trazemos acima uma receitinha que vai cair como um suco verde para sua mente. Deguste.