Globo Ciência – Pesquisa do Sono



Data: 27 de julho de 2013   |   Categoria: Imprensa



Em 27/07/2013, o Globo Ciência publicou matéria sobre a pesquisa do Sono realizada pelo IPOM. Confira!

Pesquisa realizada pelo IPOM revela que brasileiros estão dormindo mal

Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente avaliou 2 mil pessoas no país

 

Os brasileiros estão dormindo pouco e mal. É o que aponta uma pesquisa feita no começo do ano pelo Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (IPOM) no Brasil inteiro. E as principais causas que tiram o sono dos brasileiros são o pânico, a ansiedade exagerada e a depressão.

O levantamento foi feito com duas mil pessoas com idades entre 20 e 60 anos e mostrou que 69% dos brasileiros consideraram seu sono ruim. Deste universo, os principais motivos apresentados foram: cansaço, sonolência e queda de rendimento durante o dia posterio, por 82%; dificuldade de pegar no sono, 25%; acordar e voltar a dormir durante à noite, 36%; e não conseguir manter o sono, 36%.

A ideia da pesquisa, que foi feita majoritariamente pela internet, surgiu a partir de pessoas que reclamavam para a psicoterapeuta holística e presidente do IPOM Myriam Durante das horas que ficavam virando de um lado para o outro na cama durante à noite. “O brasileiro está cada vez mais dormindo menos. Como estamos vivendo em uma sociedade que fica ligada o tempo inteiro, as pessoas estão achando dormir um desperdício”, explica.

A falta do “desligar” tem afetado seriamente a qualidade do sono. Segundo a psicoterapeuta, as pessoas chegam de seus trabalhos em casa e ligam qualquer aparelho eletroeletrônico que faça barulho para não se sentirem sozinhas. Elas têm certa dificuldade para se desligarem. “As pessoas não sabem é que tudo o que você faz meia hora antes de dormir vai atingir seu sono. Algumas pacientes me dizem que enquanto estão dormindo, os maridos ficam assistindo a filmes de terror. Elas não sabem, mas o filme de terror influencia no sono delas. Para dormir bem, é preciso ter um quarto escuro, com silêncio”, conta.

Além da depressão, da ansiedade e do pânico, a pesquisa apontou 11 tipos de sintomas que aparecem no corpo após noites mal dormidas seguidas. Dentre eles, estão: a memória fraca, a tendência a engordar, a perda de libido, o envelhecimento precoce e a dificuldade de formular frases.

Outro resultado apontado pelos entrevistados foi a preocupação financeira e emocional como 50% das causas para interferência no sono. E, principalmente, o estresse ocasionado pelo trabalho. Foi o que aconteceu com a professora universitária Beatriz Polivanov, que se mudou do Rio de Janeiro para São Paulo em razão da troca de emprego. Neste período, ela chegou a dormir de duas a três horas por dia. “Naquela época, era tudo junto. Era vida acadêmica com vida profissional. Me mudei do Rio para São Paulo, fiz prova de doutorado e troquei de emprego. Conseguia pegar no sono, mas não conseguia mantê-lo. Então, acabava acordando duas, três horas depois e ficava lendo um livro ou vendo um filme para tentar chamar o sono de volta”, conta.

De acordo com Myriam, o mundo competitivo em que vivemos é também um fator decisivo que contribui para afetar uma boa noite de sono. “Hoje em dia, nós temos que ser perfeitos em tudo. Precisamos ter um corpo perfeito, ser bons donos de casa, realizar um bom trabalho, dar atenção aos filhos. Se não conseguimos fazer tudo isso, acabamos ficando com impressão de não atender às necessidades que nos propomos e acabamos gerando conflitos em nós mesmos. Isto é um fato que ocorre em homens e mulheres“, aponta.

E esta situação pode acabar levando a uma depressão, que pode virar uma síndrome do pânico. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil encontra-se na quarta posição no ranking de depressão como principal obstáculo ao sono. E há estimativas de que ele venha a ocupar o primeiro lugar em 2020.

Para aqueles que não desejam mais “fritar” na cama, a psicoterapeuta lembra que as pessoas estão com uma ideia equivocada sobre o que é dormir bem. Segundo ela, antigamente, as pessoas dormiam por volta de 10 horas. Hoje em dia, o número fica entre seis e sete horas.“Dormir bem não é deitar na cama e apagar. Dormir bem é você levantar no dia seguinte e ter disposição para fazer suas coisas. Você acordar e querer continuar na cama não quer dizer que você teve uma boa noite de sono”, explica.

Confira a matéria na íntegra: http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2013/07/pesquisa-realizada-pelo-ipom-revela-que-brasileiros-estao-dormindo-mal.html